A compra de um imóvel é sempre um momento de grande expectativa. A escolha envolve diversos detalhes seja na compra da primeira casa própria ou a troca por uma melhor
Há várias dicas que podem ser observadas para facilitar ainda mais a compra, tornando as prestações mais suaves. É o caso do sistema de amortização de parcelas, algo que merece ser bem compreendido para a tomada de decisão.
Veja agora o que é a amortização de parcelas e como ela pode influenciar no seu financiamento imobiliário.
Mas afinal, o que é amortização de parcelas?
Antes de mais nada, é preciso compreender o que é amortização de parcelas. A princípio, o conceito é bastante simples: ela é o pagamento do dinheiro que foi pego emprestado no financiamento imobiliário. Como o pagamento é feito mensalmente (parcelas) ele vai suavizando o saldo devedor aos poucos.
A instituição que concedeu o financiamento coloca ao dinheiro emprestado garantias contra a desvalorização do montante ao longo do tempo – que são os juros.
O banco também pode cobrar taxas e encargos contratuais, que, junto com o dinheiro emprestado, entrarão na composição das parcelas. Assim, cada vez que você pagar uma parcela, estará amortizando o saldo devedor.
Como a amortização de parcelas interfere no financiamento
Agora é que vem o “pulo do gato”, porque não existe uma forma única de fazer a amortização de parcelas. A forma de amortização deve ser escolhida antes da assinatura do contrato, deve-se analisar bem para ver qual delas trará mais benefícios para o seu orçamento.
É bom deixar claro que o saldo devedor – que é o valor a ser amortizado – refere-se apenas à quantia emprestada.
Sistema de Amortização Constante (SAC)
Como o próprio nome já diz, a quantia a ser diminuída do saldo devedor é fixa em todas as parcelas. O SAC é o sistema de amortização de parcelas mais utilizado, porque os preços das mensalidades vão diminuindo gradativamente.
Nas primeiras prestações são pagos o montante maior de juros e tributos, então com o passar do tempo os juros e acréscimos ficam menores, reduzindo também o valor da prestação.
Então, se você pegou R$100 mil emprestados com o banco, digamos que as parcelas iniciem com R$1.000,00, sendo R$ 500,00 do valor emprestado (amortizado) + R$500,00 juros e acréscimos. Com o tempo as parcelas do valor emprestado permanecem as mesmas (R$ 500,00), mas conforme vão sendo quitadas os juros e acréscimos vão reduzindo, deixando a mensalidade menor.
Como no SAC as parcelas iniciais são mais altas, esse sistema pode comprometer o orçamento de quem tem outras dívidas. A vantagem é que no final, o valor a ser pago costuma ser menor do que nos demais sistemas, sendo uma boa opção para quem pensa em quitar o financiamento antecipadamente.
Amortização de parcelas pela Tabela Price
Também conhecido como Sistema Francês de Amortização de Parcelas, a Tabela Price mantém a prestação com o mesmo valor durante todo o período de pagamento do financiamento imobiliário.
Só que conforme as parcelas vão sendo quitadas, o valor das amortizações aumenta e a parte dos juros e demais acréscimos diminui. Os dois processos acontecem de forma simultânea para que o valor da prestação seja fixo.
Vamos pegar aquele mesmo exemplo, meramente ilustrativo, de um financiamento de R$ 100 mil. Digamos que o valor da amortização fosse R$ 500 e dos juros R$ 160. No mês seguinte, eles ficariam em R$ 510 e R$ 150 respectivamente, de forma que as parcelas tenham o mesmo valor durante todos os meses de vigência do contrato.
A Tabela Price pode ser uma boa forma de amortização de parcelas para quem está com o orçamento apertado, já que todas as parcelas são iguais e o valor costuma ser menor do que no SAC.
Dessa forma é mais fácil fazer uma projeção de orçamento. No entanto, os juros do período podem fazer com que no final do financiamento o valor pago seja maior do que no SAC.
Ele é uma boa opção para quem pensa em antecipar o pagamento das parcelas, quitando o financiamento antes do prazo, porque os juros que deixarão de ser cobrados reduzirão bastante o valor total da dívida.
Uso do FGTS
Também é possível usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para amortização de parcelas, abatendo ou quitando o valor total do financiamento.
Ao amortizar o saldo devedor com o FGTS você reduz o tempo de financiamento e paga menos juros.